NÃO MUDARIA O PASSADO

Um dia me perguntaram
Se no passado pudesse voltar
O que mudaria na vida
O que faria diferente
E hoje pensei sobre isso
Sobre meu passado e os erros que cometi
E cheguei a uma sábia conclusão
Não mudaria uma vírgula
E deixaria tudo como está
Continuaria quebrando a vidraça do vizinho
Batendo o carro da minha tia
Beijando minha prima escondido
Namorando a empregada da minha avó
Casando com minha ex
Separando dela com certeza
Mudando várias vezes de trabalho
E sabem por que?
Por que aprendi, cresci me humanizei
Quebrei a vidraça e aprendi a lição da humildade da desculpa
Bati o carro e aprendi a lição da responsabilidade do conserto
Beijei minha prima e aprendi a lição do carinho
Namorei as empregadas da minha avó e aprendi o quanto dói um sermão
Cansando com minha ex, aprendi a lição da paciência
Separando aprendi a lição do amor próprio
E mudando de trabalho aprendi que fazer o que gosta, tem mais valor do que dinheiro
Por tudo isso, com muitos erros e alguns acertos
Tenho 2 tesouros em minha vida
Que são meus filhos, estes são os troféus pelas quedas
Pelas dificuldades e decepções
Hoje sou um ser humano com imensos defeitos
Mas acima de tudo que reconhece e corrige suas falhas
Aprendi que errar faz parte do aprendizado
E que amar faz parte do conheci mento de si mesmo.
Leandro – 27/02/2012 – 23:58

TEUS OLHOS

Olhos cintilantes
Que inebriam o mais incauto viajante
Olhos que brilham mais que o luar
Olhos que ofuscam as estrelas a cintilar
Intrigantes, misteriosos, ofuscantes
Já me perdi em teu olhar
Já tentei decifra-los sem você perceber
E precisei me afastar para não enlouquecer
Hoje ao longe fito eles novamente
Tento entender o poder envolvente
Mas como antes não consigo
Se me aproximo sinto abrigo
Sinto calor e paixão
Mas percebo que fico sem o chão
Que perco o rumo a direção
Perco a identidade
E a imaginação toma as rédeas do meu coração
Olhos cintilantes
Que me inebriaram
Olhos que brilham mais do que antes
Que ofuscam meus olhos
Continuam muito mais intrigantes e misteriosos
Perdi-me novamente
Desisti de decifra-los
E hoje me resta apenas admirá-los

Leandro – 27/2/2012 -22:54