Estava refletindo sobre a capacidade que muitos temos, ou melhor, a “necessidade” de agradar os outros.
Agrado meus filhos por que quero vê-los felizes;
Agrado minha namorada, noiva, esposa por quero vê-la feliz;
Agrado meu chefe, superior, etc... por que quero manter meu emprego ou ganhar uma promoção;
Mas e a mim, quem agrada? Quem se importa com minha felicidade, com meus desejos e necessidades?
Tudo hoje em dia é uma troca, e até poderíamos conjugar o verbo agradar no presente, “perfeito”, EU agrado, TU agradas, ELE agrada, NÓS agradamos, VÓS agradais, ELES agradam QUEM?
Os filhos ficam felizes com roupas novas, quem sabe um novo vídeo-game PS3, as namoradas, noivas, esposas com um celular novo, anel de brilhante, laptop, ou um novo carro.
Os chefes, com teu trabalho silencioso, metódico, e incansável, muitas vezes 13, 14, 15 horas por dia.
E você, quem sabe se sentiria agradado, com uma palavra de carinho, com um “eu te amo” sincero, com um jantar a dois, com demonstrações públicas de afeto. E quem sabe até o reconhecimento pelo excelente trabalho que você realiza.
Agradar e ser agradado, amar e ser amado, realizar e se sentir realizado não são utopias, desejos impossíveis ou infundados, são necessidades primárias de todo ser humano.
Ou talvez, essa necessidade de agradar seja uma distorção própria de determinadas pessoas (me incluo nelas) que em seu subconsciente o fazem para mostrar como gostariam de serem tratadas.
Utopia ou não, quem sabe algum dia as pessoas (que não agradam) percebam como é bom e importante (agradar e ser agradado).
Leandro – 26/02/2011 – 19:34h
Nenhum comentário:
Postar um comentário