A noite chovia, e estava muito fria
Os pingos gelados, esfriavam minha alma
Cansado e vencido pelo desanimo
Não tinha mais forças para caminhar
Estava ali parado, a definhar
A chuva batia em meu rosto, meu corpo
Como se quize-se me açoitar
O vento contribuia, ventava forte
Ele insistia em penetrar minha alma
Arrancando o que restava de bom
Virou tempestade, virou furação
E transformou minha vida numa confusão
Mas ao longe avistei alguns vultos brancos
Quase que indefiníveis
Foram se aproximando, aproximando
Asas abertas, que cortavam o vento em minha direção
Plumagem branca, muito branca
Se aproximoram, com um sorriso lindo
Me aqueceram, me acalentaram, me animaram
Senti um enorme bem estar, um alivio
E pela primeira vez desde o temporal
Senti que aquele era um inicio
De uma nova vida, de um novo recomeço
Suas palavras não tem preço
Seus carinhos não tem comparação
São os anjos que cativaram meu coração
Fizeram me sentir gente de novo
E por mais erros que cometa no recomeço
Sei que estarão ali, de asas abertas
Plumagem branca, alva
E mais e mais anjos existirão
Tantos quantos forem necessários
Nas tempestades da vida
Esses anjos alados, amados
São meu amigos, melhores amigos
Aqueles que a não vislumbram
Apenas uma ação, mas o contexto todo que a gerou
E estão ali, sempre de plantão
Para acalentar meu machucado coração.
Leandro – 16/10/07 – 08:45
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